16/Mai/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (15/05). O mercado passou por correção após ter acumulado perda de 3,24% na semana passada. Além disso, levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) publicado na sexta-feira (12/05) mostrou que fundos de investimento reduziram suas apostas na alta dos preços de soja na Bolsa de Chicago na semana encerrada em 9 de maio. A posição líquida comprada desses agentes diminuiu 9,50% no período, de 54.990 para 49.763 lotes, o que pode ter desencadeado compras nesta segunda-feira (15/05). O vencimento julho da oleaginosa ganhou 10,75 cents (0,77%), e fechou a 14,00 por bushel.

O fortalecimento dos mercados de energia e ações também deu suporte aos preços. A alta do petróleo faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Os ganhos foram limitados pelo clima mais úmido no Meio Oeste dos Estados Unidos. Segundo a meteorologia, a região teve chuvas bem distribuídas no último fim de semana, que atingiram algumas das áreas que vinham sendo mais castigadas pela seca. Embora sejam favoráveis ao desenvolvimento das lavouras, as precipitações podem atrapalhar o plantio. Os trabalhos de campo, no entanto, estão adiantados em relação aos últimos anos. Dados de exportação dos Estados Unidos também impediram uma alta mais acentuada das cotações.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 147.897 toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana encerrada em 11 de maio, queda de 62,8% ante a semana anterior. O USDA informou que exportadores relataram venda de 100 mil toneladas de farelo de soja para a Polônia, com entrega no ano comercial 2022/2023. A Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa) informou que a indústria norte-americana processou 4,71 milhões de toneladas de soja em abril. O volume representa queda de 6,78% ante o esmagado em março, de 5,06 milhões de toneladas. Mesmo assim, veio 2% acima do registrado um ano antes.