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19/Abr/2023

Futuros de soja em alta com clima adverso nos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta terça-feira (18/04). Os ganhos foram sustentados pelo clima desfavorável no Meio Oeste dos Estados Unidos. Segundo a meteorologia, a previsão é de chuvas nos próximos dias, com possibilidade de neve. Uma onda de frio também é esperada na região, o que deve resultar em geadas que atrapalhariam o plantio. O vencimento julho da oleaginosa subiu 5,50 cents (0,37%), e fechou a US$ 14,91 por bushel. A perspectiva de uma safra reduzida na Argentina também deu algum suporte às cotações.

A representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Buenos Aires reduziu sua estimativa para a produção de soja na Argentina de 36 milhões de toneladas para 23,9 milhões de toneladas, com rendimento de 1,58 tonelada por hectare. A estimativa de produção representa o nível mais baixo em 24 anos e a de rendimento é a menor em quase 50 anos. A combinação de falta de umidade inicial do solo, chuvas fracas e calor intenso nos importantes meses de janeiro e fevereiro levou a quedas generalizadas de rendimento no centro da Argentina, a mais importante região produtora de soja.

O desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 1%, foi outro fator altista para os preços. O derivado, por sua vez, acompanhou o avanço do óleo de palma. A alta foi limitada pelo bom ritmo de início de plantio nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que a semeadura de soja estava em 4% da área total prevista até o dia 16 de abril, em comparação a 1% um ano antes e na média dos cinco anos anteriores. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também impediu uma alta mais acentuada. Segundo a AgriSompo, a grande posição líquida comprada de fundos não deve crescer e isso está limitando os ganhos.