ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

18/Abr/2023

Argentina: greve portuária preocupa o agronegócio

A Federação da Indústria Marítima, Portuária e Naval da República Argentina (Fempinra) anunciou, nesta segunda-feira (17/04), uma paralisação por 24 horas nos portos e terminais do país e conta com o apoio da Urgara (União dos Recebedores de Grãos e Afins da República Argentina), trazendo mais uma fonte de preocupação para o agronegócio argentino, uma vez que atinge em cheio os portos locais. Nesta segunda-feira (17/04) foram interrompidas as atividades na Hidrovia e portos e, na quarta-feira (19/04), está prevista uma paralisação dos terminais próximos a Buenos Aires, Dock Sud e no corredor Zarate-Campan. O cronograma terminaria na sexta-feira (21/04), com a parada do estaleiro Rio Santiago.

Representantes do movimento afirmam que as greves buscam uma revisão do imposto de renda pago pelos trabalhadores do setor, alegando que as últimas mudanças propostas pelo Ministério da Economia não trouxeram grande alívio aos profissionais. E com negociações quase que esgotadas, sinalizam que uma conciliação entre as frentes não está no horizonte. Assim, as associações de classe em greve afirmam que todo o corredor fluvio-marítimo, a chamada Hidrovia, incluindo o Canal Martín García e a Ria Bahia Blanca serão afetados, bem como os sistemas de dragagem, barcos e oficinas. Segundo a Câmara de Atividades Marítimas e Portuárias da Argentina, a greve está afetando absolutamente todos os portos na região de Rosário.

O país é o maior exportador mundial de farelo e óleo de soja, além de peça-chave no fornecimento global de milho e trigo. Nesta segunda-feira (17/04), ao lado de outros vetores, estes mercados subiram no cenário global, refletindo também as preocupações com a logística comprometida na Argentina que agravam ainda mais o quadro local do agronegócio e expõe de forma mais clara a fragilidade do país que segue mergulhados em crises política e econômica. Os futuros do óleo de soja, do farelo e do trigo encerraram a sessão na Bolsa de Chicago com altas de mais de 1%. Fonte: Notícias Agrícolas. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.