ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

18/Abr/2023

Futuros de soja sobem com clima adverso nos EUA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (17/04). Os ganhos foram sustentados em parte pelas baixas temperaturas registradas no Meio Oeste dos Estados Unidos durante o fim de semana. De acordo com a meteorologia, há possibilidade de neve em algumas áreas, o que pode atrapalhar o plantio. O vencimento julho da oleaginosa subiu 18,25 cents (1,24%), e fechou a US$ 14,85 por bushel. A melhora da demanda interna nos Estados Unidos também deu suporte aos preços.

De acordo com dados da Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa), a indústria norte-americana processou 5,06 milhões de toneladas de soja em março. O volume representa aumento de 12,3% ante o esmagado em fevereiro, de 4,50 milhões de toneladas. Os negócios também foram influenciados pelo desempenho do farelo e do óleo de soja, que subiram mais de 1%. Os derivados, por sua vez, foram impulsionados pela expectativa de uma safra reduzida na Argentina, o principal exportador mundial. Além disso, as vendas por parte de produtores argentinos seguem muito lentas.

A terceira rodada do programa conhecido como dólar soja não vem tendo muito sucesso até o momento. O programa estabeleceu uma taxa de câmbio especial de 300 pesos por dólar para estimular a venda de soja por parte de produtores e, com isso, aumentar as reservas do Banco Central. A alta foi limitada por dados de exportação dos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 526.376 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 13 de abril, queda de 22,37% ante a semana anterior.

Quanto ao Brasil, a AgRural informou que a colheita da safra de soja 2022/2023 atingiu, no dia 13 de abril, 86% da área cultivada, em comparação com 82% uma semana antes e 87% em igual período do ano passado. Os trabalhos agora se concentram principalmente no Rio Grande do Sul, onde o avanço da semana fez o índice subir para 31%, encostando nos 33% do ano passado. Ainda há atraso, porém, na comparação com a média de cinco anos. Os produtores do Estado não têm pressa de colher e esperam a plena maturação das lavouras, na esperança de minimizar problemas causados pela estiagem, como o excesso de grãos verdes.