17/Abr/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa na sexta-feira (14/04). O mercado foi pressionado em parte pela ausência de vendas avulsas de soja norte-americana para a China. O último anúncio de venda desse tipo ocorreu em 26 de janeiro. Havia expectativa de que a estatal chinesa Sinograin redirecionasse para os Estados Unidos algumas compras que faria na Argentina, mas isso ainda não se confirmou. O vencimento julho da oleaginosa recuou 6,00 cents (0,41%), e fechou a US$ 14,67 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 0,32%.

O tempo predominantemente seco e com altas temperaturas no Meio Oeste dos Estados Unidos também pesou sobre os contratos, já que vem favorecendo os trabalhos de campo. O próximo relatório de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta segunda-feira (17/04), deverá trazer os primeiros dados sobre o plantio de soja. Os negócios também foram influenciados pela expectativa de que a terceira rodada do programa conhecido como ‘dólar soja’ resulte, nas próximas semanas, em vendas mais aceleradas por parte de produtores na Argentina. Isso também pressionou as cotações do farelo, já que o país é o principal exportador do derivado.

O farelo também caiu com relatos de que a China pretende reduzir seu uso em ração animal. De acordo com a Reuters, o objetivo é de que a proporção de farelo em ração caia para 13% até 2025, de 14,5% em 2022. As perdas foram limitadas por uma nova redução na estimativa para a safra da Argentina. A Bolsa de Comércio de Rosário cortou sua projeção de 27 milhões de toneladas para 23 milhões de toneladas, o que representa queda de 45,5% ante o ciclo anterior. Além disso, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires afirmou que, caso o rendimento médio nacional continue caindo, sua estimativa atual de produção, de 25 milhões de toneladas, poderá ser reduzida.