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14/Abr/2023

Futuros da soja estáveis pelo 2º pregão consecutivo

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade pelo segundo pregão consecutivo nesta quinta-feira (13/04). O vencimento julho da oleaginosa ganhou 1,00 cent (0,07%), e fechou a US$ 14,73 por bushel. O mercado foi influenciado em parte por uma nova redução na estimativa para a safra da Argentina. A Bolsa de Comércio de Rosário cortou sua projeção de 27 milhões de toneladas para 23 milhões de toneladas, o que representa queda de 45,5% ante o ciclo anterior. A forte estiagem que vinha castigando as áreas de cultivo do país foi agravada por uma onda de calor que começou no fim de fevereiro e terminou em 19 de março.

O rendimento esperado, de 1.860 quilos por hectare, seria a pior marca em 15 anos. Por causa do déficit hídrico, cerca de 3,58 milhões de hectares deixarão de ser colhidos. A queda do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu algum suporte aos preços. Esses fatores foram contrabalançados pela ausência de vendas avulsas de soja norte-americana para a China. O último anúncio de venda desse tipo foi feito em 26 de janeiro. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país venderam 364,5 mil toneladas de soja da safra 2022/2023 na semana encerrada em 6 de abril.

O volume representa aumento de 17% ante a média das quatro semanas anteriores. Para 2023/2024, foram vendidas 66 mil toneladas para a China. As vendas totais vieram dentro das estimativas de analistas, que iam de 250 mil a 700 mil toneladas. O enfraquecimento do petróleo, que faz com que as refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel, também impediu uma alta mais acentuada dos preços. O óleo de soja, que recuou 0,61%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua previsão para a safra brasileira de 151,4 milhões de toneladas para 153,6 milhões de toneladas.