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11/Abr/2023

Futuros de soja pressionados pela oferta do Brasil

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta segunda-feira (10/04). O mercado foi influenciado em parte pelo início da terceira rodada do programa conhecido como ‘dólar soja’ na Argentina. O programa poderá estimular a retomada das vendas por parte de produtores do país. O vencimento maio da oleaginosa recuou 5,25 cents (0,35%), e fechou a US$ 14,87 por bushel. A ampla oferta brasileira no mercado de exportação também pesou sobre os contratos. A AgRural informou que a colheita da safra brasileira atingiu 82% da área cultivada até o dia 6 de abril, em comparação com 76% na semana anterior e 84% um ano antes.

Nesta reta final da safra, os trabalhos estão concentrados no Norte/Nordeste, onde os relatos de produtividade continuam muito bons, e em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, que se mantêm atrasados. O clima favorável aos trabalhos de campo no Meio Oeste dos Estados Unidos é outro fator baixista para as cotações. De acordo com a meteorologia, a previsão é de tempo predominantemente seco nesta semana na região. Isso deverá permitir algum avanço do plantio no sul do Meio Oeste, onde o solo não está tão úmido.

As perdas foram limitadas por dados de exportação dos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 669.566 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 6 de abril, aumento de 32,9% ante a semana anterior. Traders também ajustaram posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta terça-feira (11/04).

De acordo com analistas, as reservas de soja nos Estados Unidos deverão ser estimadas em 5,47 milhões de toneladas, em comparação a 5,72 milhões de toneladas projetados no relatório de oferta e demanda de março. O USDA deve cortar sua previsão para estoques mundiais de soja em 2022/2023 de 100 milhões de toneladas para 98,6 milhões de toneladas. O mercado também prevê um corte na estimativa do USDA para a safra de soja da Argentina. A produção deverá ser reduzida de 33 milhões de toneladas para 29 milhões de toneladas. Para o Brasil, a projeção deverá subir de 153 milhões de toneladas para 153,6 milhões de toneladas.