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04/Abr/2023

Futuros da soja em alta acompanhando o derivado

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (03/04). Os ganhos foram sustentados em parte pelo desempenho do óleo de soja, que avançou mais de 2%. O derivado, por sua vez, acompanhou o fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Durante o fim de semana, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados anunciaram um corte de 1,16 milhão de barris por dia na oferta a partir de maio e até o fim de 2023.

Os vencedores dos cortes da OPEP+ serão as indústrias de etanol, biodiesel e diesel renovável dos Estados Unidos. O vencimento maio da oleaginosa subiu 16,50 cents (1,10%), e fechou a US$ 15,22 por bushel. O mercado também continuou reagindo a estimativas de área e estoques nos Estados Unidos que vieram abaixo da expectativa do mercado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou que agricultores do país devem semear 35,39 milhões de hectares neste ano, sem variação ante o ciclo anterior. Os estoques de soja nos Estados Unidos em 1º de março deste ano somavam 45,86 milhões de toneladas. Traders agora devem voltar suas atenções para o clima nos Estados Unidos para o plantio.

O clima é altista por enquanto, mas pode melhorar em medos deste mês. Segundo a meteorologia, o tempo úmido e frio no Meio Oeste deve manter os trabalhos de campo em ritmo lento. O UDSA informou que 499.054 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 30 de março, queda de 44% ante a semana anterior. Quanto ao Brasil, a StoneX aumentou em cerca de 3 milhões de toneladas sua estimativa para a produção brasileira, de 154,663 milhões de toneladas para 157,684 milhões de toneladas. O ajuste para cima leva em consideração que a safra 2022/2023 driblou o clima ruim no Rio Grande do Sul.