31/Mar/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam perto da estabilidade nesta quinta-feira (30/03). O vencimento maio da oleaginosa recuou 2,75 cents (0,19%), e fechou a US$ 14,74 por bushel. O mercado foi influenciado em parte pelo desempenho do óleo de soja, que caiu quase 2%. O derivado, por sua vez, foi pressionado por dados de vendas dos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 2 mil toneladas de óleo de soja da safra 2022/2023 na semana encerrada em 23 de março.

O volume representa queda de 82% ante a semana anterior e de 66% em relação à média das quatro semanas anteriores. Dados de vendas de soja também pesaram sobre os contratos. Segundo o USDA, exportadores venderam 348,2 mil toneladas da oleaginosa da safra 2022/2023 na semana até 23 de março. O volume representa alta expressiva ante a semana anterior e de 36% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para 2023/2024, foram vendidas 3,9 mil toneladas.

A China comprou 153 mil toneladas do volume total, de 352 mil toneladas. As vendas externas dos Estados Unidos vêm sendo afetadas pela fraca demanda chinesa, mas há rumores de que a China poderia redirecionar algumas compras da Argentina para os Estados Unidos, por causa dos problemas com a safra do país sul-americano.

Traders também ajustaram posições antes do relatório de intenção de plantio, que o USDA divulga nesta sexta-feira (31/03). De acordo com analistas, a área de soja deverá ser projetada em 35,71 milhões de hectares, ante 35,39 milhões de hectares no ano passado. Em fevereiro, o USDA estimou que a área de soja ficaria estável em 2023/2024. Esses fatores foram contrabalançados pela expectativa de estoques mais apertados nos Estados Unidos. O USDA também publica nesta sexta-feira (31/03) seu relatório trimestral de estoques.