29/Mar/2023

Os futuros de milho fecharam perto da estabilidade nesta terça-feira (28/03) na Bolsa de Chicago, apesar da boa demanda chinesa pelo grão produzido nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 136 mil toneladas de milho para a China, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. Nas duas semanas anteriores, as vendas para o país asiático somaram mais de 2,7 milhões de toneladas. O vencimento maio do grão cedeu 1,00 cent (0,15%), e fechou a US$ 6,47 por bushel.

O recuo do dólar ante o Real e a alta do petróleo também deram algum suporte às cotações. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as vendas externas brasileiras, enquanto o avanço do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estimou que o Brasil deve embarcar entre 729.196 e 836.428 toneladas de milho neste mês. Na semana passada, a expectativa era de uma faixa entre 549.000 e 898.632 toneladas.

Esses fatores, porém, foram contrabalançados pela expectativa de uma área semeada maior nos Estados Unidos. O USDA publica nesta sexta-feira (31/03) seu relatório de intenção de plantio. A AgMarket.net estimou uma área de 36,97 milhões de hectares de milho, ante 35,86 milhões de hectares no ano passado. O crescimento esperado é atribuído aos custos mais baixos de insumos. Durante o Fórum de Perspectivas Agrícolas, em fevereiro, o USDA estimou a área de milho em 36,83 milhões de hectares.