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29/Mar/2023

Futuros da soja avançam com dólar fraco ante Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (28/03). Os ganhos foram sustentados em parte pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu sua projeção de embarques brasileiros em março para 15,197 milhões de toneladas, ante 15,388 milhões de toneladas esperadas na semana passada. O vencimento maio da oleaginosa avançou 25,50 cents (1,77%), e fechou a US$ 14,67 por bushel.

As cotações também foram impulsionadas pelo desempenho do farelo, que subiu mais de 2,5%. O derivado avançou com temores de que a produção reduzida de soja na Argentina acabe afetando os embarques do país, mesmo que as importações para abastecer as esmagadoras atinjam níveis recordes. A Argentina é o principal exportador mundial de farelo. O avanço do petróleo, que faz com que as refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel, também deu algum suporte aos preços. O óleo de soja, que ganhou quase 1%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O fluxo de capital está retornando para os mercados de commodities.

A saída de capital durante a maior parte do mês estaria mais relacionada a incertezas econômicas e problemas com alguns bancos do que a fundamentos, e agora essas preocupações estão diminuindo. Traders também ajustaram posições antes do relatório de intenção de plantio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará na sexta-feira (31/03). Segundo a AgMarket.net, os produtores devem semear 35,57 milhões de hectares com soja neste ano, ante 35,41 milhões de hectares no ano passado. Em fevereiro, durante o Fórum de Perspectivas Agrícolas, o USDA estimou que a área de soja ficaria estável em 2023/2024.