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29/Mar/2023

Biodiesel: volume de CBios deve crescer com B12

O Ministério de Minas e Energia (MME) estima que o aumento da mistura de biodiesel dos atuais 10% (B10) para 12% (B12) em 1º de abril adicione 1,6 milhão de Créditos de Descarbonização (CBios) ao programa RenovaBio em 2023. Isso faria com que a emissão ultrapassasse os 39 milhões de CBios no ano. Mas consultorias que acompanham o setor são menos otimistas. Embora o fomento ao biodiesel estimule a geração dos títulos, elas avaliam que o balanço entre a oferta e a demanda dos créditos no RenovaBio segue bem ajustado. A Stonex, por exemplo, prevê a geração de 630 mil créditos adicionais ao RenovaBio com a adoção do B12 em abril, levando o total a 33,27 milhões de créditos.

A Datagro trabalha com aumento de 15% na demanda pelo biodiesel em 2023, para 7,27 milhões de metros cúbicos e geração de 36,23 milhões de CBios. Nos dois casos, a expectativa anual ficaria abaixo da meta para 2023 de 37,47 milhões de títulos, que deve ser cumprida até março de 2024. A Datagro explica que, para 2023, o setor ainda pode contar com os CBios excedentes do último ano para fechar a conta. Considerando os 5,18 milhões de créditos que foram carregados de 2022, seria possível encerrar este ano com 3,9 milhões de títulos adicionais. Para 2024, porém, mesmo com mais biodiesel na mistura, o aperto seria inevitável. Tendo em conta a adoção de 13% de mandato para o biocombustível e uma oferta de etanol mais robusta em 2024, impulsionada especialmente pela produção a partir do milho, a previsão é de geração de 44 milhões de créditos.

O volume, embora represente um avanço expressivo, está distante da meta do ano, prevista em 50,81 milhões de títulos de descarbonização. Mesmo considerando o excedente de 3,9 milhões de créditos que podem vir de 2023, a previsão ainda é de déficit de 2,88 milhões ao fim de 2024. As metas do programa RenovaBio, quando foram idealizadas, já consideravam um cenário de adoção do mandato de 15% para o biodiesel em 2023. A previsão levava em conta a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de 2018, que previa atingir o B15 neste ano. Com a alteração no cronograma, no entanto, o percentual só será alcançado em 2026. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.