28/Mar/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (27/03). Traders continuaram recomprando posições vendidas após o mercado ter acumulado perda de 3,27% na semana passada. Os ganhos também foram sustentados pelo desempenho do óleo de soja, que avançou mais de 2%. O derivado, por sua vez, subiu com o fortalecimento do petróleo e com um movimento de cobertura de posições. O vencimento maio da oleaginosa subiu 14,00 cents (0,98%), e fechou a US$ 14,42 por bushel.

Levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) publicado na sexta-feira (24/03) mostrou que fundos de investimento reduziram suas apostas na alta dos preços de soja na Bolsa de Chicago na semana encerrada em 21 de março. A posição líquida comprada desses agentes diminuiu 12,9% no período, de 127.346 para 110.954 lotes. O saldo vendido em óleo de soja aumentou 148%, de 3.319 para 8.231 lotes.

Esses números podem ter desencadeado compras nesta segunda-feira (27/03). Dados de exportação dos Estados Unidos também deram suporte às cotações. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 888.707 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 23 de março, aumento de 23,5% ante a semana anterior. A ampla oferta brasileira de soja impediu uma alta mais acentuada dos preços.

A colheita da oleaginosa no Brasil alcançou 70% da área cultivada até o dia 23 de março), em comparação com 62% uma semana antes e 75% no mesmo período do ano passado, informou a AgRural em levantamento semanal. Com os trabalhos praticamente encerrados em Mato Grosso e Rondônia e entrando na reta final em Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins e São Paulo, o foco agora está nos relatos de produtividade de Estados mais tardios, que podem dar mais pistas sobre o tamanho final da produção brasileira, cujas estimativas devem passar por ajustes finos daqui até maio.