23/Mar/2023
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (22/03), ainda pressionados pela oferta brasileira abundante. A consultoria Agroconsult projetou a safra de soja 2022/2023 em 155 milhões de toneladas, aumento de 19,7% ante o ciclo anterior. O vencimento maio da oleaginosa recuou 18,50 cents (1,26%), e fechou a US$ 14,48 por bushel. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) aumentou a previsão para produção brasileira de soja na safra 2022/2023, de 152,6 milhões de toneladas, no início de fevereiro, para 153,8 milhões de toneladas agora.
Além disso, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) aumentou sua projeção de exportação de soja do Brasil em março para 15,388 milhões de toneladas, ante 14,893 milhões de toneladas esperadas na semana passada. Segundo a S&P Global Commodity Insights, os preços da soja na China continuam recuando, com a expectativa de uma safra recorde no Brasil e menor demanda chinesa para embarque nos próximos meses. O desempenho da oleaginosa também foi influenciado pela queda do farelo e do óleo de soja.
Embora os preços tenham caído, o Itaú BBA afirmou que a previsão de quebra de 25% na produção argentina de soja e a perspectiva de redução da oferta de farelo (-9%) e óleo de soja do país latino-americano tendem a manter os preços internacionais desses derivados em alta. Levantamento publicado na terça-feira (21/03) pela Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que fundos de investimento reduziram suas apostas na alta dos preços da soja na Bosa de Chicago na semana encerrada em 14 de março. A posição líquida comprada desses agentes diminuiu 17,64% no período, de 154.624 para 127.346 lotes.