21/Mar/2023

Segundo a StoneX, o balanço de oferta e demanda de óleos vegetais no mundo deve ficar abaixo do patamar registrado há um ano. A produção mundial está estimada em 217 milhões de toneladas, enquanto o consumo é previsto em 212 milhões de toneladas. Os estoques globais ao fim do ciclo devem representar 13,9% do consumo previsto (cerca de 29,47 milhões de toneladas), ante 14,4% do total consumido em 2022. A disponibilidade tende a ser reduzida, entre outros fatores, pela política de mistura de biodiesel da Indonésia, que prevê alcançar os 35% de mandato no ciclo. A Indonésia utiliza o óleo de palma como matéria-prima para o biocombustível e espera registrar demanda 22% maior neste ano.

Além do suporte dado pelo consumo maior, as cotações do óleo de palma na Bolsa da Malásia devem ser impulsionadas pelas tarifas a serem adotadas pela Índia na importação, além dos efeitos do fenômeno El Niño para a produção de soja na Argentina. Houve volatilidade dos preços quando Indonésia embargou exportações, mas esse cenário se dissipou e hoje o cenário é de estabilidade. No caso da Argentina, principal exportador global de óleo de soja, a quebra de safra deve resultar em um volume esmagado da oleaginosa de 25,2 milhões de toneladas e de óleo produzido a partir do grão de 4,9 milhões de toneladas. Há um gap de 13,8 milhões de toneladas de soja e 2,7 milhões de toneladas de óleo, se comparado com 2022.

Na Bolsa de Chicago, os futuros do óleo de soja vêm caindo, mas deve haver reação, com o aumento da demanda por diesel renovável nos próximos anos e a quebra de safra Argentina. O apetite pelo óleo de soja tende a crescer agora, porque a diferença de preço dele para a palma se estreitou. Fatores baixistas, no entanto, precisam ser considerados: a possibilidade de aumento das taxas de juros nos Estados Unidos e na União Europeia, as pressões no mercado de energia e o esmagamento firme nos Estados Unidos, com boas margens. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.