21/Mar/2023
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (20/03). Os ganhos foram sustentados em parte pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. A commodity também passou por correção após ter acumulado perda de 2% na semana passada. O vencimento maio da oleaginosa ganhou 9,50 cents (0,64%), e fechou a US$ 14,86 por bushel. Dados de exportação dos Estados Unidos também deram suporte às cotações.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 716.618 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 16 de março, aumento de 13% ante a semana anterior. Do total, 406 mil toneladas tinham como destino a China. A ampla oferta brasileira no mercado de exportação impediu uma alta mais acentuada dos preços. De acordo com a AgRural, a colheita no Brasil estava 62% concluída até o dia 16 de março, em comparação com 53% uma semana antes e 69% em igual período do ano passado.
Apesar do bom avanço em alguns Estados, os trabalhos perderam ritmo por causa das chuvas. Com exceção do Rio Grande do Sul, onde a estiagem continua diminuindo a produção, os relatos são de alta produtividade em todo o País. Também limitaram os ganhos as preocupações com o setor bancário global. No fim de semana, o UBS concordou em comprar o Credit Suisse por US$ 3 bilhões, mas incertezas persistem. A atmosfera permanece sombria nos mercados com o espectro de uma crise bancária.