17/Mar/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em terreno positivo, mas perto da estabilidade nesta quinta-feira (16/03). Os negócios foram influenciados em parte pelo fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que subiu quase 2,5%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O mercado também esboçou uma correção após ter recuado em cinco dos sete pregões anteriores e acumulado perda de 2,60% no período.

O vencimento maio da oleaginosa cedeu 2,25 cents (0,15%), e fechou a US$ 14,91 por bushel. Esses fatores foram contrabalançados pela entrada da safra brasileira no mercado de exportação. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deve embarcar 14,893 milhões de toneladas de soja neste mês. A ausência de vendas avulsas de soja norte-americana para a China também pesou sobre os contratos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país venderam 665 mil toneladas de soja da safra 2022/2023 na semana encerrada em 9 de março. O volume representa alta expressiva ante a semana anterior e em relação à média da quatro semanas anteriores. Para 2023/2024, foram vendidas 66,1 mil toneladas.

A China comprou apenas 208,1 mil toneladas do volume total, de 731,1 mil toneladas. Sinais de menor demanda interna por soja nos Estados Unidos também influenciaram os preços. A indústria norte-americana processou 4,50 milhões de toneladas de soja em fevereiro, de acordo com dados da Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa). O volume representa queda de 7,6% ante o esmagado em janeiro, de 4,87 milhões de toneladas. O Conselho Internacional de Grãos (IGC) reduziu em 8 milhões de toneladas sua estimativa para a safra global 2022/2023, para 370 milhões de toneladas.