15/Mar/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta terça-feira (14/03). O mercado foi influenciado em parte pelos ganhos do farelo e do óleo de soja. O recuo do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu algum suporte aos preços. Esses fatores foram contrabalançados pela produção brasileira recorde, que está chegando ao mercado, e pela ausência de vendas avulsas de soja norte-americana para a China. O vencimento maio da oleaginosa ganhou 2,50 cents (0,17%), e fechou a US$ 14,93 por bushel.

Segundo a AgRural, a colheita da safra brasileira atingiu, no dia 9 de março, 53% da área cultivada no País, em comparação com 43% na semana anterior. Um ano antes, o índice estava em 64%. Em Mato Grosso, a colheita avançou 6,7% na última semana e alcançou 94,83% da área plantada, informou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). A colheita no Paraná avançou 14% na última semana e alcançou 48% da área cultivada no Estado, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab).

Quanto à demanda chinesa por soja dos Estados Unidos, o último anúncio de venda avulsa foi feito em 26 de janeiro. Com os problemas na safra da Argentina, havia expectativa de que importadores chineses direcionassem parte de suas compras de volta para os Estados Unidos, mas isso ainda não ocorreu. Traders também reduziram posições compradas após a recente quebra de dois bancos regionais dos Estados Unidos, o Silicon Valley Bank (SVB) e o Signature Bank. Fundos parecem estar diminuindo sua exposição ao risco devido às incertezas sobre o sistema bancário norte-americano e a especulações sobre juros mais altos.