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14/Mar/2023

Futuros da soja recuam com dólar forte ante Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (13/03). O mercado foi pressionado em parte pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar 14,662 milhões de toneladas neste mês, ante 12,163 milhões de toneladas em março do ano passado, segundo a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O vencimento maio da oleaginosa caiu 15,75 cents (1,05%), e fechou a US$ 14,91 por bushel. A chegada da safra brasileira ao mercado é outro fator que vem pesando sobre os contratos.

Segundo a AgRural, a colheita da safra brasileira atingiu, até o dia 9 de março, 53% da área cultivada no País, em comparação com 43% na semana anterior. Um ano antes, o índice estava em 64%. Com chuvas menos frequentes e temperaturas mais altas, os trabalhos conseguiram avançar com melhor ritmo. Em Mato Grosso, a colheita avançou 6,7% na última semana e alcançou 94,83% da área plantada, informou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Os trabalhos estão levemente atrasados em relação a igual período do ano passado (96,76%), mas adiantados ante a média dos últimos cinco anos (90,29%). No Rio Grande do Sul, porém, as primeiras áreas colhidas confirmam a quebra de safra. A produtividade no Estado está até 60% mais baixa do que se esperava inicialmente.

O enfraquecimento do petróleo, que faz com que as refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel, também pressionou as cotações. O óleo de soja, que recuou mais de 1%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. As perdas foram limitadas por dados de exportação dos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 618.803 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 9 de março, alta de 12% ante a semana anterior. A perspectiva de uma safra bastante reduzida na Argentina também impediu uma queda mais acentuada dos preços.