10/Mar/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (09/03), após dados de vendas externas dos Estados Unidos que vieram abaixo da expectativa do mercado. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os cancelamentos superaram em 23,2 mil toneladas as vendas de soja da safra 2022/2023 na semana encerrada em 2 de março. O volume foi o menor do ano comercial. Para 2023/2024, foram vendidas 172,3 mil toneladas. As vendas líquidas, de 149,1 mil toneladas, vieram abaixo do piso das estimativas de analistas.

O USDA também informou que exportadores relataram venda de 184 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. O vencimento maio da oleaginosa perdeu 7,00 cents (0,46%), e fechou a US$ 15,10 por bushel. A expectativa de embarques brasileiros volumosos também pesou sobre as cotações. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) projeta exportações de 14,662 milhões de toneladas neste mês, ante 12,163 milhões de toneladas em março do ano passado e 7,552 milhões de toneladas em fevereiro. O mercado também foi pressionado pelo desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 3%. As perdas foram limitadas por preocupações com a safra da Argentina.

A Bolsa de Comércio de Rosário reduziu em 7,5 milhões de toneladas sua estimativa para a produção do país, de 34,5 milhões de toneladas para 27 milhões de toneladas. O volume representa queda de 36% ante a temporada anterior e a menor safra em 15 anos. Além disso, 2,6 milhões de hectares poderão deixar de ser colhidos. A projeção de rendimento foi cortada de 2.300 quilos por hectare para 2.030 quilos por hectare. Quanto ao Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu sua estimativa de safra de 152,9 milhões de toneladas para 151,4 milhões de toneladas, por causa da intensificação, em fevereiro, dos danos causados pela estiagem no Rio Grande do Sul.