08/Mar/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em queda nesta terça-feira (07/03). Investidores embolsaram lucros após o mercado ter subido nas quatro sessões anteriores e acumulado ganho de 3,38% no período. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também pesou sobre os contratos. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O vencimento maio da oleaginosa recuou 13,50 cents (0,88%), e fechou a US$ 15,1550 por bushel. Os negócios também foram influenciados pelo recuo do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel.

O óleo de soja, que caiu quase 3%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Uma maior estimativa para a safra de Mato Grosso, o principal Estado produtor do Brasil, é outro fator baixista para os preços. O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) revisou para cima as previsões de área e produtividade da soja em 2022/2023. Com isso, a expectativa de produção no Estado aumentou para 44,3 milhões de toneladas, 3,46% acima do relatório anterior e nova safra recorde. A estimativa de produtividade em Mato Grosso foi ampliada em 1,92% em relação ao relatório passado, para 61,59 sacas de 60 Kg por hectare, um recorde na série histórica.

A Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) informou que o país importou 16,17 milhões de toneladas de soja em janeiro e fevereiro deste ano, alta de 16,1% ante o primeiro bimestre de 2022. Em termos de valores, as importações de soja totalizaram US$ 10,83 bilhões, ante US$ 8,34 bilhões em janeiro e fevereiro do ano passado. Traders também aguardam o relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta quarta-feira (08/03). Segundo analistas, a produção de soja na Argentina deverá ser reduzida de 41 milhões de toneladas para 36,3 milhões de toneladas.