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06/Mar/2023

Futuros da soja sobem com clima seco na Argentina

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (03/03). Os ganhos foram sustentados pelo tempo quente e seco na Argentina, que pode levar a novos ajustes na estimativa de produção. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que 2% da safra de soja na Argentina apresentava condição boa ou excelente, ante 3% na semana anterior. A parcela em condição normal passou de 37% para 31%, enquanto o percentual em condição regular ou ruim aumentou de 60% para 67%. Setores no centro da área agrícola relatam perda de área, aborto de vagens e finalização precoce do enchimento como consequência das altas temperaturas registradas durante a semana passada.

Esse cenário pode afetar a previsão de safra, atualmente em 33,5 milhões de toneladas. O vencimento maio da oleaginosa subiu 9,50 cents (0,63%), e fechou a US$ 15,18 por bushel. Na semana passada, ficou praticamente estável. A expectativa é de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduza novamente, na quarta-feira (08/03), em seu relatório mensal de oferta e demanda, a projeção para a safra da Argentina. O clima desfavorável no país também impulsionou as cotações do farelo, já que a Argentina é o principal exportador mundial do derivado.

Segundo a meteorologia, a onda de calor que vem prejudicando as lavouras deve continuar nesta semana. Além disso, as chuvas devem ser limitadas pelo menos nos próximos dez dias. O tempo quente e seco está mantendo os níveis de estresse elevados nas lavouras. A fraca demanda chinesa por soja dos Estados Unidos e a chegada do grão brasileiro ao mercado de exportação limitaram os ganhos. O último anúncio de venda avulsa de soja norte-americana para a China foi feito em 26 de janeiro. Há rumores de compras chinesas de soja norte-americana, mas isso ainda não se confirmou.