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27/Fev/2023

Futuros de soja recuam com dólar forte ante Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (24/03). O mercado foi pressionado em parte pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar entre 7,600 milhões e 8,316 milhões de toneladas em fevereiro, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec). Em fevereiro do ano passado, o Brasil exportou um volume maior, de 9,113 milhões de toneladas.

O vencimento maio da oleaginosa recuou 8,00 cents (0,52%), e fechou a US$ 15,19 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 0,20%. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram mais próximos do piso das estimativas de analistas e pesaram sobre os contratos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 544,9 mil toneladas de soja da safra 2022/2023 na semana encerrada em 16 de fevereiro.

As vendas ficaram 20% acima da semana anterior, mas 18% abaixo da média das quatro semanas anteriores. Para 2023/2024, foram vendidas 11,7 mil toneladas. A China comprou apenas 176,2 mil toneladas do volume total, de 556,6 mil toneladas. Porém, a China deve comprar volumes acima do normal no Golfo dos Estados Unidos em fevereiro e março, com o atraso da colheita no Brasil e a seca na Argentina, que está levando agricultores locais a segurar o produto.

Preocupações com a safra da Argentina limitaram as perdas. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua estimativa para a produção de soja do país, de 38 milhões de toneladas para 33,5 milhões de toneladas. O corte foi motivado por geadas fora de época na parte oeste da área agrícola, ausência de chuvas e uma onda de calor no começo de fevereiro. A BCBA informou que 3% da safra de soja apresentava condição boa ou excelente, ante 9% na semana anterior. A parcela em condição normal passou de 35% para 37%, enquanto o percentual em condição regular ou ruim aumentou de 56% para 60%.