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24/Fev/2023

Futuros de soja em baixa após projeções do USDA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (23/02). O mercado foi influenciado pelas primeiras estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a safra 2023/2024 no país. O vencimento maio da oleaginosa recuou 7,50 cents (0,49%), e fechou a US$ 15,27 por bushel. Durante o Fórum Anual de Perspectivas Agrícolas, o USDA estimou a área plantada com soja em 35,41 milhões de hectares, sem variação ante 2022/2023. Para a HedgePoint Global, o impacto dessa projeção é limitado.

A estimativa do USDA deve mudar no relatório de intenção de plantio, que sai em 31 de março, e no relatório de área plantada, no fim de junho. Quanto à produção, o USDA projetou 122,74 milhões de toneladas na temporada 2023/2024, aumento de 5,47% ante o total de 116,37 milhões de toneladas registrado em 2022/2023. A produtividade média da soja deve aumentar 5%. As exportações da oleaginosa devem avançar 1,76%, para 55,11 milhões de toneladas no ciclo 2023/2024. Com isso, os estoques finais norte-americanos devem ficar em 7,89 milhões de toneladas, aumento de 28% ante 2022/2023.

A projeção do USDA para o preço médio da soja norte-americana no ciclo 2023/2024 é de US$ 12,90 por bushel, ante US$ 14,30 por bushel no ciclo anterior, queda de 9,79%. A ausência de vendas avulsas de soja norte-americana para a China e a entrada do grão brasileiro no circuito comercial também pesam sobre os contratos. A S&P Global Commodity Insights observou, porém, que as perdas da oleaginosa tendem a ser limitadas pela expectativa de que a China compre volumes acima do habitual no Golfo dos Estados Unidos em fevereiro e março, com o atraso da colheita no Brasil e a seca na Argentina, o que está levando agricultores locais a segurarem o produto.