17/Fev/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam perto da estabilidade nesta quinta-feira (16/02). O vencimento março/2023 ganhou 1,75 cent (0,12%), para US$ 15,21 por bushel. O mercado foi influenciado em parte por uma menor estimativa para a safra brasileira. A AgRural prevê agora 150,9 milhões de toneladas, queda de 2 milhões de toneladas em relação à projeção de janeiro, que era de 152,9 milhões de toneladas. O corte na produção foi motivado por nova redução na estimativa da safra de soja gaúcha, calculada agora em 16,1 milhões de toneladas, queda de 4,3 milhões de toneladas ante a projeção de janeiro.

Sinais de demanda pelo grão norte-americano também deram algum suporte. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores do país relataram venda de 128 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. Separadamente, o USDA reportou que exportadores venderam 512,8 mil toneladas de soja da safra 2022/2023 na semana encerrada em 9 de fevereiro. As vendas ficaram 37% acima da semana anterior, mas 35% abaixo da média das quatro semanas anteriores.

Para 2023/2024, foram vendidas 259,1 mil toneladas. A China comprou 472,6 mil toneladas do volume total, de 772 mil toneladas. As vendas totais vieram dentro das estimativas de analistas, que iam de 400 mil a 1 milhão de toneladas. Esses fatores foram contrabalançados pela expectativa de clima mais úmido na Argentina e pelo avanço acelerado da colheita no Brasil. Uma frente fria deve provocar chuvas no Norte da Argentina, mas apenas precipitações leves nas principais áreas de cultivo.