14/Fev/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam perto da estabilidade nesta segunda-feira. O vencimento março/2023 ganhou 0,25 cent (0,02%), para US$ 15,42 por bushel. O mercado foi influenciado em parte pelo enfraquecimento do dólar ante o real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O desempenho do farelo de soja, que subiu 1%, também deu suporte às cotações.

Os preços do farelo estão particularmente altos, acima de US$ 500 a tonelada, devido em grande parte ao clima desfavorável na Argentina - o principal exportador mundial do derivado. O tempo em boa parte da área agrícola foi bastante adverso durante o fim de semana, com temperaturas muito elevadas e poucas chuvas. Esses preços, no entanto, não devem se manter por muito tempo. Se a safra brasileira for mesmo recorde, isso deverá pressionar os contratos de farelo. Esses fatores foram contrabalançados pela colheita da safra brasileira, que continua atrasada, mas tem avançado mais rapidamente.

Os trabalhos estavam 17% concluídos na última quinta-feira, ante 9% uma semana antes e 24% em igual período do ano passado. O maior intervalo de tempo firme ajudou a colheita a tomar impulso em vários Estados do Brasil. Dados de exportação dos EUA também pesaram sobre os contratos. O Departamento de Agricultura do país (USDA) relatou que 1,56 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 09/02, queda de 18,7% ante a semana anterior.