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13/Fev/2023

Futuros de soja em alta com clima seco na Argentina

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (10/02). O vencimento março da oleaginosa subiu 23,25 cents (1,53%), e fechou a US$ 15,42 por bushel. Os ganhos da oleaginosa foram novamente influenciados pelas perspectivas climáticas da Argentina, visto que o tempo seco continua agravando a condição das lavouras de milho e soja do país. As condições quentes e secas não são o que os agricultores argentinos precisam agora, e há possibilidade significativa de uma maior perda de rendimento.

A perspectiva de uma safra reduzida no país também é um fator altista para a commodity. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua estimativa para a safra de soja do país, de 41 milhões de toneladas para 38 milhões de toneladas. A seca e as altas temperaturas durante a primeira metade do ciclo de cultivo causaram perdas significativas de rendimento. As perdas nas lavouras de soja do centro da área agrícola devem ficar entre 30% e 40%. A Bolsa de Comércio de Rosário reduziu em 2,5 milhões de toneladas sua previsão, de 37 milhões de toneladas para 34,5 milhões de toneladas.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) foi mais conservador, projetando 41 milhões de toneladas. O mercado também pode ter sido impulsionado em parte pelo enfraquecimento do dólar ante o Real e pelo petróleo em alta. A desvalorização da moeda norte-americana ante a brasileira tende a desestimular as exportações do Brasil, sendo o País o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja, enquanto o combustível fóssil fortalecido faz com que as refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que subiu 2,54%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.