13/Fev/2023

A Cargill Brasil defende o aumento gradual da mistura de biodiesel ao diesel, tema que vem sendo debatido entre a indústria brasileira e o governo. Até 31 de março, prevalece no mercado o mandato B10, ou seja, a mistura mínima obrigatória de 10% de biodiesel no diesel. A partir de abril, conforme a legislação prevê, a mistura mínima passaria para 15% (mandato B15), mas parte da indústria do biocombustível entende que deveria haver o crescimento escalonado antes do B15. É melhor que seja gradual, mas com firmeza, do que partir para B15 e, eventualmente, ter algum problema com a distribuição.

Seria mais adequado o aumento por fases, para B12, B13, B14, até alcançar B15 em um prazo curto, porque a indústria tem capacidade para isso, mas paulatinamente. O ritmo adotado para aumento da mistura poderia passar pela evolução para B12 (mistura de 12% de biodiesel ao diesel) no bimestre que se inicia em abril para posteriormente avançar para B13, B14 e B15. Aumentar paulatinamente gera maior confiança tanto do governo quanto de distribuidores. Assim, se poderia, ao fim de março, fazer um leilão voltando à mistura adotada antes da redução (B12) e, então, verificar como está a oferta, a demanda, o grau de utilização da indústria, mesmo que haja capacidade para aumento direto para B15.

Embora haja a discussão sobre o ritmo de aumento da mistura, é importante haver o crescimento. É muito difícil ver que o País está com B10, enquanto o mundo todo está querendo usar mais combustíveis renováveis em detrimento dos fósseis. O Brasil reduziu o uso de renovável e aumentou o uso de fóssil enquanto faltava diesel no mundo e havia risco de falta de diesel. Houve demora nessa reversão, mas é bom que esteja sendo refeito. É importante que o aumento da mistura ocorra para a indústria brasileira, para a sustentabilidade e para o produtor local. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.