10/Fev/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta quinta-feira (09/02). O vencimento março da oleaginosa cedeu 0,50 cent (0,03%), e fechou a US$ 15,19 por bushel. O mercado foi influenciado em parte pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar entre 7,6 milhões e 9,7 milhões de toneladas em fevereiro, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec).

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores venderam 459,4 mil toneladas de soja da safra 2022/2023 na semana encerrada em 2 de fevereiro. O volume representa queda de 38% ante a semana anterior e de 49% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2023/2024, foram vendidas 185 mil toneladas. A China comprou cerca de 572 mil toneladas do volume total, de 644,4 mil toneladas. Os negócios também foram influenciados pelo desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 2%.

O derivado, por sua vez, acompanhou a queda do petróleo e do óleo de palma. Esses fatores foram contrabalançados pelo avanço de quase 3% do farelo de soja. A perspectiva de uma produção reduzida na Argentina também deu algum suporte. A Bolsa de Comércio de Rosário reduziu em 2,5 milhões de toneladas sua previsão para a safra do país, de 37 milhões de toneladas para 34,5 milhões de toneladas. O volume representa queda de 18% ante a temporada anterior e a segunda menor safra em 15 anos. A perda de área já chega a 1 milhão de hectares.