09/Fev/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta quarta-feira (08/02), após o relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os ganhos foram sustentados por uma redução significativa na estimativa de produção argentina. O vencimento março da oleaginosa ganhou 4,50 cents (0,30%), e fechou a US$ 15,19 por bushel. O USDA cortou a previsão de produção de soja argentina de 45,50 milhões de toneladas para 41 milhões de toneladas. A previsão de exportações da Argentina foi reduzida de 5,70 milhões de toneladas para 4,20 milhões de toneladas.

Quanto à safra brasileira, a projeção foi mantida em 153 milhões de toneladas. As exportações brasileiras foram elevadas de 91 milhões de toneladas para 92 milhões de toneladas. Além disso, a Bolsa de Comércio de Rosário reduziu em 2,5 milhões de toneladas sua previsão para a safra argentina, de 37 milhões de toneladas para 34,5 milhões de toneladas. O volume representa queda de 18% ante a temporada anterior e a segunda menor safra em 15 anos. A perda de área já chega a 1 milhão de hectares. A projeção de rendimento foi cortada de 2.400 quilos por hectare para 2.300 quilos por hectare. A alta foi limitada por dados de estoques que vieram acima do esperado.

O USDA estimou as reservas de soja nos Estados Unidos ao fim de 2022/2023 em 6,13 milhões de toneladas, ante 5,72 milhões de toneladas previstas em janeiro. A estimativa para estoques mundiais de soja foi reduzida de 103,52 milhões para 102,03 milhões de toneladas. O USDA foi conservador em suas estimativas. Os estoques de soja acima do esperado nos Estados Unidos foram provavelmente a maior surpresa, já que as expectativas para o corte da safra argentina eram muito conservadoras. Parece não haver nada no relatório que consiga tirar o mercado de seu intervalo recente de negociação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.