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08/Fev/2023

Futuros de soja em baixa acompanhando derivado

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta terça-feira (07/02). O mercado foi pressionado pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O desempenho do farelo de soja, que caiu 1,55%, também pesou sobre os contratos. O vencimento março da oleaginosa recuou 6,00 cents (0,39%), e fechou a US$ 15,15 por bushel. As perdas foram limitadas pelo avanço expressivo do óleo de soja, de mais de 2,5%. O derivado, por sua vez, foi influenciado pelo avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.

O tempo seco na Argentina e o atraso da colheita no Brasil também impediram uma queda mais acentuada das cotações. Segundo a meteorologia, a previsão é de poucas chuvas em áreas de cultivo do país nesta semana. Além disso, as temperaturas em alta deverão anular quaisquer possíveis efeitos benéficos dessas precipitações. No final de semana (11 e 12 de fevereiro), uma frente fria trará mais chuvas, mas elas não deverão ter impacto positivo significativo sobre a umidade do solo. No Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a colheita da safra de soja 2022/2023 estava 8,9% concluída no dia 4 de fevereiro, avanço de 3,7% em uma semana. A retirada da oleaginosa está atrasada na comparação com a data correspondente do ciclo passado, quando 16,8% das lavouras já tinham sido colhidas. Mato Grosso, principal Estado produtor do grão, tinha até o dia 4 de fevereiro, 25,6% da área colhida.

Maranhão e Rio Grande do Sul ainda estão semeando a oleaginosa, com 97% e 99% da área implantada, respectivamente. Traders também ajustaram posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta quarta-feira (08/02). Segundo analistas, os estoques de soja nos Estados Unidos ao fim de 2022/2023 devem ser mantidos em 5,72 milhões de toneladas. O mercado, no entanto, deverá se concentrar nas estimativas para a safra da América do Sul e nas projeções de demanda chinesa. O USDA deve reduzir em 4 milhões de toneladas sua estimativa para a produção na Argentina, de 45,5 milhões de toneladas para 41,5 milhões de toneladas. Para o Brasil, a expectativa deverá ser aumentada levemente, de 153 milhões de toneladas para 153,1 milhões de toneladas.