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07/Fev/2023

Futuros de soja recuam com dólar forte ante o Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (06/02). O mercado foi pressionado em parte pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O vencimento março da oleaginosa recuou 10,75 cents (0,70%), e fechou a US$ 15,21 por bushel. O aumento das tensões entre Estados Unidos e China, após militares norte-americanos terem derrubado um balão de reconhecimento chinês no fim de semana, também pesou sobre as cotações.

A situação com o balão espião joga gasolina no fogo da política externa. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 1,83 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 2 de fevereiro, queda de 5,23% ante a semana anterior. Do total, 1,16 milhão de toneladas tinham como destino a China. O tempo predominantemente seco na Argentina e o atraso da colheita no Brasil limitaram as perdas. Segundo a meteorologia, a previsão para esta semana é de poucas chuvas em áreas de cultivo da Argentina.

Além disso, temperaturas em alta deverão anular quaisquer possíveis efeitos benéficos dessas precipitações. A colheita de soja no Brasil estava 9% concluída até 2 de fevereiro, ante 5% na semana anterior. Em igual período de 2022, a colheita chegava a 16% da área. Sem trégua digna de nota nas chuvas, Mato Grosso seguiu colhendo nos poucos intervalos de tempo firme e umidade mais baixa. No Paraná e em Mato Grosso do Sul, onde a colheita já vinha atrasada devido ao alongamento do ciclo de parte das lavouras, as precipitações da semana passada seguraram o ritmo das colheitadeiras. No Rio Grande do Sul, por outro lado, o tempo quente e seco seguiu reduzindo o potencial da safra.

Traders também ajustaram posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta quarta-feira (08/02). O mercado estará focado nas estimativas para a safra da América do Sul e nas projeções de demanda chinesa. Analistas acreditam que o USDA reduzirá em 4 milhões de toneladas sua estimativa para a produção argentina, de 45,5 milhões de toneladas para 41,5 milhões de toneladas. Para o Brasil, a expectativa deverá ser aumentada levemente, de 153 milhões de toneladas para 153,1 milhões de toneladas.