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06/Fev/2023

Futuros de soja encerraram praticamente estáveis

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade na sexta-feira (03/02). O vencimento março da oleaginosa cedeu 2,25 cents (0,15%), e fechou a US$ 15,32 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 1,50%. O mercado foi influenciado em parte pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O desempenho do óleo de soja, que caiu 3%, também pesou sobre as cotações. A queda do derivado, por sua vez, refletiu o recuo do petróleo e as fracas exportações da Malásia. Os embarques da Malásia caíram fortemente em janeiro, o que indica fraca demanda por óleos vegetais. Esses fatores foram contrabalançados pela previsão de tempo seco na Argentina. Segundo a meteorologia, as principais áreas de cultivo do país ficarão sem chuvas por aproximadamente dez dias, e a expectativa é de temperaturas em alta nesta semana.

O calor e a seca poderão anular os efeitos benéficos das chuvas recentes, que melhoraram a condição da soja semeada mais tarde. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que 12% da safra de soja argentina apresentava condição boa ou excelente na última semana, ante 7% na semana anterior. A parcela em condição normal passou de 39% para 42%, enquanto o percentual em condição regular ou ruim diminuiu de 54% para 46%. Apesar da melhora, perdas esperadas de até 30% ao sul de Santa Fé e ao norte de Buenos Aires podem reduzir a estimativa de produção atual, de 41 milhões de toneladas. O Commerzbank afirmou que problemas com a seca persistente e o calor extremo na Argentina devem sustentar os preços internacionais da soja.

No Brasil, as perdas de produtividade na safra de soja 2022/2023 variam de 2% a 20% no Rio Grande do Sul, informou a Emater-RS, considerando levantamento feito em 412 municípios. As regiões mais afetadas pela estiagem são a de Santa Maria e Santa Rosa, onde a queda de rendimento é de cerca de 20%. Nas regiões de Bagé, Frederico Westphalen, Ijuí, Lajeado e Pelotas, a perda de produtividade é projetada em torno de 10%. Nas regiões de Erechim e Soledade, a queda de rendimento é prevista entre 2% e 3%. Além disso, o excesso de chuvas em Mato Grosso está não apenas atrasando a colheita, mas também causando problemas na logística de exportação. Por isso, exportadores norte-americanos estão especulando como aproveitar a situação para aumentar suas vendas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país relataram venda de 132 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2023/2024.