01/Fev/2023

A consultoria Céleres projetou a produção de soja do Brasil 2022/2023 em 154,8 milhões de toneladas, aumento de 21,4% ante o ciclo anterior. Apesar de problemas relatados em lavouras devido ao baixo índice de chuvas na Região Sul do País, as perdas de produtividade deverão ficar restritas a pontos específicos. Os bons resultados esperados para as lavouras no Cerrado e a recuperação de rendimentos no Paraná e em Mato Grosso do Sul deverão limitar as perdas já observadas e potenciais referentes aos problemas no Rio Grande do Sul. Com a quebra de safra em 2021/2022, a variação de produção para a safra atual em relação à temporada passada é positiva para todos os Estados.

Paraná e Rio Grande do Sul lideram como os Estados que mais ampliarão a produção de soja de um ano para outro, com 8,5 e 8,0 milhões de toneladas a mais, respectivamente. Vale ressaltar, no entanto, que as variações desses Estados eram ainda maiores nos primeiros acompanhamentos. A recuperação da produção deverá permitir um crescimento de cerca de 20 milhões de toneladas das exportações brasileiras, para 97,5 milhões de toneladas, puxado principalmente pela diminuição das políticas de Covid-zero na China e pela continuidade dos problemas de oferta na Argentina.

No mercado interno, os volumes esmagados devem seguir crescentes, beneficiados pela situação da Argentina, por incertezas geopolíticas no Leste Europeu e por um possível aumento da mistura de biodiesel ao diesel. A colheita da safra cheia no Brasil e o cenário externo de maiores estoques devem manter a pressão sobre as cotações de soja no mercado interno, sobretudo no 1º trimestre de 2023, mesmo com os problemas na Argentina. No entanto, a relação estoque/consumo se mantém em níveis históricos baixos, o que sugere sustentação de preços internos no 2º semestre. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.