31/Jan/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (30/01). Os ganhos foram sustentados em parte pela expectativa de retomada da demanda chinesa. Nesta semana, a China volta ao mercado após o término do feriado do Ano Novo Chinês. Esse retorno é aguardado pois o mercado acredita em um aumento nas compras por parte do país asiático, que tem tido uma diminuição nos seus estoques de soja.

O vencimento março da oleaginosa avançou 25,75 cents (1,71%), e fechou a US$ 15,35 por bushel. Dados de exportação dos Estados Unidos contribuíram para os ganhos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 1,85 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 26 de janeiro, aumento de 0,90% ante a semana anterior. Do total, 1,41 milhão de toneladas, ou 76%, tinham como destino a China.

As chuvas do último fim de semana em áreas de cultivo da Argentina ficaram abaixo do previsto e isso também deu algum suporte às cotações. A meteorologia afirmou que a expectativa é de chuvas esparsas nesta semana, e que depois disso as principais áreas de cultivo do país podem enfrentar novo período de tempo seco até meados de fevereiro. No Brasil, a colheita da soja atingiu, até o dia 26 de janeiro, 5% da área cultivada, em comparação com 2% uma semana antes e 10% em igual período do ano passado.

O ritmo dos trabalhas está mais lento do que o normal por causa do tempo "invernado" (poucas aberturas de sol forte entre as chuvas) em Mato Grosso e do atraso do ciclo das lavouras em outros Estados, com destaque para o Paraná. Apesar da produção recorde esperada na atual safra, o volume colhido até agora é de aproximadamente 8 milhões de toneladas, ante quase 13 milhões de toneladas um ano atrás, quando houve quebra de safra, mas a colheita estava mais acelerada.