26/Jan/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (25/01). O mercado passou por correção após ter recuado nas cinco sessões anteriores e acumulado perda de 3,33% no período. Os ganhos também foram sustentados pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar 1,356 milhão de toneladas em janeiro, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec).

O vencimento março da oleaginosa subiu 14,00 cents (0,94%), e fechou a US$ 15,02 por bushel. Sinais de demanda pelo grão norte-americano também deram algum suporte às cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país relataram venda de 130 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. A alta foi limitada pelo tempo mais úmido na Argentina ao longo da última semana. As preocupações relacionadas à seca na Argentina estão diminuindo e a expectativa é de que a soja plantada mais tarde se beneficie bastante de uma melhora no clima.

A perspectiva de uma safra recorde no Brasil também impediu uma alta mais acentuada dos preços. A AgResource Brasil revisou sua estimativa de produção após o tour de safra em Mato Grosso. A qualidade das lavouras no Estado estava melhor que as expectativas iniciais. Com isso, a produção da safra 2022/2023 foi ajustada para 154,25 milhões de toneladas, ganho de 0,84% em relação à última estimativa, quando estimava-se uma redução de safra no Rio Grande do Sul. Levantamento feito na última semana na área técnica de 21 cooperativas do Rio Grande do Sul apontou que a perda da soja no Estado chega a 16%, segundo a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (FecoAgro/RS).