24/Jan/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (23/01). Traders liquidaram posições compradas após a confirmação de precipitações em áreas de cultivo da Argentina que estavam bastante secas. A soja foi pressionada pelas chuvas generalizadas e benéficas do fim de semana. Segundo a meteorologia, a previsão é de mais chuvas esparsas em áreas de cultivo do país durante boa parte desta semana. Depois disso, só deve chover em meados da próxima semana. Se as previsões se confirmarem, é provável que as safras de milho e soja se estabilizem, mas uma reviravolta pode não ocorrer.

O vencimento março da oleaginosa perdeu 16,25 cents (1,08%), e fechou a US$ 14,90 por bushel. Preocupações com a demanda da China a partir da próxima semana, após as comemorações do Ano Novo Lunar no país, também pesaram sobre as cotações. O mercado está fraco e temores relacionados à demanda estão mantendo os comprados retraídos. O último anúncio de venda avulsa de soja norte-americana para o país asiático foi feito em 8 de dezembro. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 192 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023.

Separadamente, o USDA informou que 1,8 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 19 de janeiro, queda de 17,56% ante a semana anterior. Do total, quase 1,2 milhão de toneladas tinham como destino a China. No Brasil, a AgRural informou que a colheita de soja atingiu 1,8% da área cultivada até o dia 19 de janeiro, triplicando em relação aos 0,6% da semana anterior. Mesmo assim, ainda há atraso na comparação com os 4,7% de igual período do ano passado.