23/Jan/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (20/01). O mercado foi influenciado em parte pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O vencimento março da oleaginosa recuou 8,25 cents (0,54%), e fechou a US$ 15,06 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 1,39%. Chuvas em áreas de cultivo da Argentina também pesaram sobre os contratos. Está chovendo em algumas áreas da Argentina que estavam bastante. Segundo a meteorologia, a expectativa para essa semana é de mais duas frentes frias e chuvas volumosas bem distribuídas. Esta é a melhor chance de estabilização das condições da safra até agora.

Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, o plantio de soja na Argentina atingiu na última semana 95,5% da área total prevista de 16,2 milhões de hectares. Na semana passada, o avanço foi de 6,4%. As chuvas dos últimos dias têm sido insuficientes para melhorar a condição das lavouras já implantadas, e apenas 3% da safra apresentava condição boa ou excelente, ante 4% na semana anterior. A parcela em condição normal passou de 40% para 37%, enquanto a parcela em condição regular ou ruim aumentou de 56% para 60%.

As perdas foram limitadas por sinais de demanda pelo grão norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 220 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. Exportadores venderam 986,2 mil toneladas de soja da safra 2022/2023 na semana encerrada em 12 de janeiro. O volume representa aumento de 38% ante a semana anterior e de 48% em relação à média das quatro semanas anteriores. A China comprou 507 mil toneladas do volume total. A expectativa é de que a demanda chinesa se desacelere nesta semana, por causa do feriado de sete dias em comemoração ao Ano Novo chinês.