19/Jan/2023

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (18/01). O mercado foi influenciado por incertezas quanto à demanda da China. Segundo a Reuters, o Ministério da Agricultura da China pediu que criadores de suínos reduzam o excesso de produção que vem pressionando as cotações de carne suína, em meio à demanda enfraquecida por causa dos surtos de Covid-19. Isso pode afetar negativamente a demanda por ingredientes usados em ração animal. O farelo de soja, por exemplo, caiu 0,64%.

O vencimento março da oleaginosa recuou 15,25 cents (0,99%), e fechou a US$ 15,24 por bushel. As incertezas relacionadas à saída da China de sua política de 'Covid zero' indicam maiores riscos de mercado para este ano. A demanda chinesa deve se desacelerar nos próximos dias por causa do feriado do Ano Novo Lunar na China, que começa neste sábado (21/01) e dura sete dias. Traders também embolsaram lucros após o mercado ter subido nas quatro sessões anteriores e acumulado ganho de 3,7% no período.

A expectativa de chuvas em áreas de cultivo da Argentina também pressionou as cotações. A previsão é de chuvas a partir desta quinta-feira, com totais de até 100 mm. Essa chuva deve ficar próxima ou acima do normal, a primeira vez que tal afirmação pode ser feita no ano-safra 2022/2023. Mesmo assim, o mercado continua preocupado com a safra do país. A StoneX reduziu sua estimativa para a produção argentina de 49,5 milhões de toneladas para 45,5 milhões de toneladas. Segundo a Bolsa de Comércio de Rosário, a estimativa para a produção total de soja, trigo e milho na Argentina foi reduzida até agora em 28,5 milhões de toneladas, ou 23% do volume esperado inicialmente, por causa da estiagem.