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18/Jan/2023

Futuros de soja avançam com dólar fraco ante Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (17/01). O mercado foi influenciado em parte pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar cerca de 2 milhões de toneladas em janeiro, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec). O vencimento março da oleaginosa ganhou 12,00 cents (0,79%), e fechou a US$ 15,39 por bushel. O clima predominantemente seco na Argentina, que está levando bolsas, consultorias e agências governamentais a reduzir suas estimativas para a safra do país, também deu suporte aos preços. A StoneX prevê produção de 45,5 milhões de toneladas no ciclo, ante 49,5 milhões de toneladas estimadas em dezembro.

A perspectiva ainda está muito otimista, outros players têm previsões abaixo de 40 milhões de toneladas. Sinais de demanda pelo grão norte-americano contribuíram para a alta. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 119 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. Separadamente, o USDA informou que 2,08 milhões de toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 12 de janeiro, aumento de 42,5% ante a semana anterior. Os ganhos foram limitados pelo início da colheita de soja no Brasil. A AgRural informou que a colheita atingiu 0,6% da área cultivada no País na quinta-feira passada (12/01), em comparação com 0,04% uma semana antes e 1,2% em igual período do ano passado.

Os trabalhos continuaram concentrados em Mato Grosso e Rondônia, nos momentos em que o tempo fechado e chuvoso permitiu. Incertezas quanto à demanda da China também pesaram sobre as cotações. Com o início de 2023, as incertezas relacionadas à saída da China de sua política de 'Covid zero' e à ambição das autoridades de melhorar a segurança alimentar doméstica se uniram e indicam maiores riscos de mercado para o ano. Dados de esmagamento nos Estados Unidos também impediram uma alta mais acentuada da soja. De acordo com a Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa), a indústria norte-americana processou 4,83 milhões de toneladas de soja em dezembro. O volume representa queda de 0,95% ante o esmagado em novembro, de 4,88 milhões de toneladas).