18/Jan/2023

A StoneX reduziu a perspectiva de produção de soja na temporada 2022/23 na Argentina, mas afirmou que continua trazendo uma perspectiva mais otimista do que outros agentes do mercado. A previsão de produção é de 45,5 milhões de toneladas no ciclo, ante 49,5 milhões de toneladas estimados em dezembro. A perspectiva ainda está muito otimista, outros players têm previsões abaixo de 40 milhões de toneladas. No ciclo 2021/2022 a Argentina produziu 43,9 milhões de toneladas de soja. Os volumes têm sido reduzidos a cada previsão em virtude dos efeitos do clima seco no país. Há um problema gravíssimo na região mais produtiva da Argentina. A condição é pior que em 2008, quando safra foi de 32 milhões de toneladas. Se não houver melhora no cenário climático, a situação será muito similar a 2008.

A StoneX prevê processamento de 38 milhões de toneladas de soja na Argentina na temporada 2022/2023, ante 38,8 em 2021/2022. Entre janeiro e novembro o país processou 10% menos na comparação interanual, registrando 35,8 milhões de toneladas. As perspectivas para 2023 são ainda piores. Os principais centros meteorológicos argentinos preveem que os efeitos do fenômeno climático La Niña devem manter a estiagem na região, pelo menos, até o fim de fevereiro. Além da adversidade climática, a Argentina passa também por problemas econômicos, fator que estimulou, no ano passado, a criação do Programa de Incremento das Exportações como forma de atrair mais divisas ao país por meio de uma taxa de câmbio especial, chamados de programa “dólar soja” 1 e 2.

A expectativa dos produtores é que, com a situação econômica, possa aparecer 'dólar soja' 3, 4 e assim sucessivamente. Para o Paraguai, a previsão de moagem é de 3,2 milhões de toneladas de soja e produção de 8,7 milhões de toneladas na safra 2022/2023, ante 4,2 milhões de toneladas colhidas na temporada anterior. A produção está muito melhor do que na temporada passada, que foi afetada pelo fenômeno La Niña. A Argentina continua como a principal compradora da soja do Paraguai. A indústria Argentina está vindo ao Paraguai comprar soja em virtude da seca que enfrentam. O volume exportado ao Brasil, entretanto, vem crescendo nos últimos anos. No ano passado, o Brasil representou 17% dos destinos das exportações paraguaias de soja, ficando em segundo lugar atrás da Argentina (que representou 78% das exportações do país em 2022). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.