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16/Jan/2023

Futuros em alta com forte quebra na safra argentina

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta na sexta-feira (13/01), refletindo cortes nas estimativas para a safra da Argentina por causa do clima seco no país. Nos últimos dias, a Bolsa de Comércio de Rosário, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e a Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziram suas projeções. O vencimento março da oleaginosa ganhou 9,25 cents (0,61%), e fechou a US$ 15,27 por bushel. Na semana passada, acumulou alta de 2,36%. Nesta segunda-feira (16/01), a Bolsa de Chicago permanece fechada por causa do feriado do dia de Martin Luther King Jr. nos Estados Unidos.

O USDA cortou em 4 milhões de toneladas sua previsão para a produção na Argentina, para 45,5 milhões de toneladas, enquanto a estimativa da Bolsa de Buenos Aires foi reduzida de 48 milhões para 41 milhões de toneladas. A Bolsa de Rosário cortou sua projeção de 49 milhões de toneladas para 37 milhões de toneladas, o que representaria a terceira pior colheita argentina dos últimos 15 anos. Segundo a Bolsa de Rosário, 1,1 milhão de hectares deixaram de ser semeados por causa da falta de chuvas. Os cenários de curto, médio e longo prazos são desfavoráveis e há temores de que o próximo ajuste deixe o ciclo 2022/2023 com a menor produção de soja em 15 anos. A meteorologia informou que uma frente fria na Argentina nos últimos dias deixou as temperaturas mais amenas, mas trouxe apenas chuvas isoladas, insuficientes para melhorar a condição das lavouras.

A Bolsa de Buenos Aires informou que 4% da safra de soja apresentava condição boa ou excelente na última semana, ante 8% na semana anterior. A parcela em condição normal passou de 54% para 40%, enquanto a parcela em condição regular ou ruim aumentou de 38% para 56%. Uma produção abaixo do esperado nos Estados Unidos também deu suporte aos preços. O USDA reduziu sua estimativa de 118,27 milhões para 116,38 milhões de toneladas. A China importou 10,5 milhões de toneladas de soja em dezembro de 2022, de acordo com dados preliminares publicados pela Administração Geral de Alfândegas do país (GACC). O volume representa alta de 42,9% em relação ao mês anterior. De janeiro a dezembro, as importações da oleaginosa somaram 91,08 milhões de toneladas, queda de 5,6% ante o ano anterior.