10/Jan/2023

No mercado físico do Brasil, os preços da soja estão estáveis, com poucas oscilações dos futuros em Chicago e do dólar. Os futuros da soja na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta segunda-feira (09/01). O mercado foi pressionado em parte pelo desempenho do farelo, que caiu 1,5% após ter atingido o maior nível em nove meses na última sexta-feira. Dados de exportação dos Estados Unidos também pesaram sobre as cotações. O vencimento março/2023 cedeu 4,00 cents (0,27%), para US$ 14,88 por bushel. As perdas foram limitadas pelo clima predominantemente seco na Argentina, que vem prejudicando o plantio e pode afetar a produção final do país. O clima quente e seco do último fim de semana deve dar lugar a temperaturas mais amenas e algumas chuvas nos próximos dias.

No entanto, essas precipitações devem ser isoladas e insuficientes para melhorar a condição das lavouras. A perspectiva ainda é de baixa produção. O dólar teve alta comedida frente ao Real nesta segunda-feira (09/01), um dia depois de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadirem e depredarem as sedes dos Três Poderes em Brasília, com a reação forte das instituições democráticas nacionais ajudando a limitar os ganhos da moeda norte-americana. No mercado à vista, o dólar subiu 0,44%, para R$ 5,2594 na venda, avanço moderado. O mercado futuro de soja na Bolsa de Chicago deverá continuar monitorando as condições climáticas na Argentina e no Sul do Brasil, que têm sido desfavoráveis para as lavouras.

As chuvas previstas para esta semana na Argentina devem ser isoladas e insuficientes para reverter o déficit hídrico nas áreas de cultivo. Além disso, a expectativa é de temperaturas próximas ou superiores a 38°C por vários dias, o que deve estressar ainda mais as plantações. No Sul do Brasil, a previsão também é de tempo seco até a chegada de uma frente fria perto do fim da semana. No mercado interno, em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os compradores propõem R$ 172,00 por saca de 60 Kg no spot. Para embarque em fevereiro e pagamento no fim de março na mesma região, a indicação de compra é de R$ 165,00 por saca de 60 Kg. No oeste do Paraná, saem negócios a R$ 182,00 por saca de 60 Kg por saca CIF fábrica, para entrega imediata e pagamento em 30 dias.

Também há indicação de R$ 173,00 por saca de 60 Kg para entrega em fevereiro e pagamento no fim de março posto em Cambé no mercado diferido. Para entrega em fevereiro nos terminais ferroviários do norte paranaense, os compradores indicam R$ 172,00 por saca de 60 Kg, com pagamento em 30 de março, e R$ 173,40 por saca de 60 Kg, com pagamento no fim de abril. Para entrega em março e pagamento no fim do mês seguinte, a referência de compra é de R$ 170,20 por saca de 60 Kg. Nos portos do Sul, em São Francisco do Sul (SC), as referências de compra para entrega de 20 de janeiro a 15 de fevereiro são de R$ 182,10 por saca de 60 Kg, com pagamento no fim de fevereiro, e R$ 184,20 por saca de 60 Kg, com pagamento no fim de março. Em Paranaguá (PR), os compradores indicam, para entrega em fevereiro, R$ 180,20 por saca de 60 Kg, com pagamento no fim de março, e R$ 181,80 por saca de 60 Kg, com pagamento no fim de abril.

Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.