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22/Dez/2022

Preços da soja estão estáveis no mercado brasileiro

No mercado interno, os preços da soja estão estáveis com dólar e futuros oscilando pouco. O dólar teve pouca alteração frente ao Real nesta quarta-feira (21/12), com investidores no aguardo da conclusão da tramitação da PEC da Transição na Câmara dos Deputados e à espera da definição de mais membros da equipe econômica do governo eleito. A moeda norte-americana negociada no mercado interbancário fechou com variação negativa de 0,03%, a R$ 5,2045. A sessão foi marcada por volatilidade, e o dólar trocou de sinal várias vezes ao longo das negociações. Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em leve alta nesta quarta-feira (21/12).

Os ganhos refletiram um maior apetite por risco entre traders, o que impulsionou os mercados de ações e de commodities. O vencimento março/2023 subiu 4,75 cents (0,32%), para US$ 14,84 por bushel. O mercado também foi influenciado pelo clima desfavorável na Argentina. O tempo nas áreas de cultivo do país deve ficar mais seco no fim desta semana, após a passagem de uma frente fria. A falta de umidade está atrasando o plantio da soja. Além disso, a previsão é de que as condições no Sul do Brasil voltem a ficar secas até o fim da semana. A redução no volume previsto de chuva para a Argentina sustenta as cotações futuras de soja na Bolsa de Chicago (CBOT).

Os traders seguem atentos à atualização das previsões climáticas para o país. Nas mais recentes atualizações meteorológicas, as chuvas sobre a Argentina se retraíram para o Natal, quando era esperada a chegada e permanência de chuvas expressivas que recuperariam parte da qualidade das lavouras em campo. Para o Brasil, há possibilidade de chuvas no Rio Grande do Sul no fim de semana com a entrada de uma frente fria, que deve também derrubar temperaturas. No Paraná, as condições de desenvolvimento das lavouras de soja são boas nesta semana para 90% da área semeada. A condição é regular para 9% e ruim para 1% das lavouras. Em relação às fases de desenvolvimento, 41% da soja está em desenvolvimento vegetativo, 40% em floração e 18% em frutificação.

No mercado interno, a negociação já dá sinais de esvaziamento com a proximidade dos festejos de fim de ano. Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, a indicação de compra é de R$ 148,00 por saca de 60 Kg para retirada ainda em dezembro e pagamento no fim de janeiro. Os vendedores, contudo, pedem R$ 155,00 por saca de 60 Kg nas mesmas condições. Quanto à safra 2022/2023, os compradores indicam R$ 152,00 por saca de 60 Kg em Nova Mutum, R$ 151,00 por saca de 60 Kg em Sorriso e R$ 150,00 por saca de 60 Kg em Sinop para retirada até o fim de janeiro e pagamento no fim de março.

No Paraná, na região de Ponta Grossa, a referência de compra nominal é de R$ 177,00 por saca de 60 Kg para entrega em dezembro e pagamento no fim do mês. A maioria das fábricas já parou as atividades para manutenções de fim de ano e manifesta interesse de compra para receber a carga em janeiro. Para pagamento em 15 de janeiro, as propostas são de R$ 180,00 por saca de 60 Kg e, para pagamento no começo de fevereiro, de R$ 181,00 por saca de 60 Kg. Para a safra 2022/2023, os compradores indicam R$ 173,00 a R$ 175,00 por saca de 60 Kg para entrega em abril e pagamento em 5 de maio em Ponta Grossa.

Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.