16/Dez/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (15/12), apesar de dados de vendas externas dos Estados Unidos que vieram acima da expectativa do mercado. As cotações foram pressionadas em parte pelo recuo do farelo de soja. O avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também pesou sobre os contratos.

O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar 1,772 milhão de toneladas em dezembro, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O vencimento janeiro da oleaginosa perdeu 8,75 cents (0,59%), e fechou a US$ 14,73 por bushel.

O clima favorável em boa parte do Brasil foi outro fator baixista para as cotações. Segundo meteorologia, as chuvas devem persistir em áreas centrais e do Norte do País na próxima semana. Os negócios também foram influenciados por sinais de demanda interna mais fraca nos Estados Unidos. A Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa) informou que a indústria norte-americana processou 4,88 milhões de toneladas de soja em novembro.

O volume representa queda de 2,85% ante o esmagado em outubro. O resultado veio abaixo até mesmo da estimativa mais pessimista do mercado. Quanto à demanda externa, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 2,943 milhões de toneladas de soja da safra 2022/2023 na semana encerrada em 8 de dezembro. A China comprou 1,253 milhão de toneladas do volume total.