15/Dez/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta quarta-feira (14/12). O vencimento janeiro da oleaginosa ganhou 2,50 cents (0,17%), e fechou a US$ 14,82 por bushel. O mercado foi influenciado em parte pelo desempenho do farelo de soja, que subiu 1,72%. A perspectiva de melhora da demanda chinesa também deu algum suporte aos contratos. O Itaú BBA destacou em relatório mensal que a China tem sinalizado relaxamento das proteções contra a Covid-19 em prol de um aumento da cobertura vacinal da população, o que poderia contribuir para o aumento dos níveis de consumo.

Esses fatores foram contrabalançados pela perspectiva de uma safra recorde no Brasil. A S&P Global Commodity Insights observou que isso aponta para uma situação de excesso de oferta que deve persistir pelo menos até meados de 2023. Duas safras substanciais consecutivas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos devem resultar em um mercado baixista no ano que vem. Para o Itaú BBA, a relação estoque/uso global ainda apertada limita o espaço para quedas. Apesar da ampla disponibilidade do grão com a finalização da colheita nos Estados Unidos e o estímulo do "dólar soja" às exportações argentinas, as poucas chuvas previstas para as próximas semanas na Argentina e no Sul do Brasil poderão prejudicar o desenvolvimento da lavoura.