14/Dez/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (13/12), com sinais de demanda externa pelo grão norte-americano. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram venda de 140 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2023/2024. Além disso, a China comprou 27 carregamentos de soja na semana passada, divididos entre cargas do grão norte-americano para entrega no curto prazo e soja da safra nova do Brasil e da Argentina.

A China ainda precisa comprar cerca de 1,5 milhão de toneladas de soja dos Estados Unidos para entrega em janeiro. O vencimento janeiro da oleaginosa avançou 19,25 cents (1,32%), e fechou a US$ 14,79 por bushel. Os ganhos também foram sustentados pelo avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que subiu 3%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Traders também vêm adicionando prêmio de risco às cotações por causa do tempo seco na Argentina.

Com a proximidade do fim da temporada de plantio, em meados de janeiro, o mercado se pergunta quantos hectares os produtores argentinos conseguirão semear. Embora os preços da soja estejam subindo, a S&P Global Commodity Insights observou que a expectativa de uma safra recorde no Brasil aponta para uma situação de excesso de oferta que deve durar pelo menos até meados de 2023. Duas safras substanciais consecutivas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos devem resultar em um mercado baixista no ano que vem.