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13/Dez/2022

Tecnologia seleciona sementes de melhor qualidade

Por meio de um projeto selecionado para uma das chamadas conjuntas lançadas em bioeconomia, a Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu (SP), estabeleceu uma colaboração com a Wageningen University and Research, dos Países Baixos, e da Embrapa Soja, com o objetivo de avançar no entendimento dos mecanismos básicos associados à degradação da clorofila nas oleaginosas, um dos principais fatores limitantes para o desenvolvimento de soluções para o problema da semente verde. O projeto resultou no desenvolvimento de marcadores moleculares (SNPs).

Eles possibilitam selecionar precocemente genótipos da oleaginosa com tolerância à formação de sementes verdes. Dessa forma, para desenvolver a tecnologia, os pesquisadores analisaram os cerca de 60 mil genes da soja e encontraram dez genes candidatos. Então, um deles revelou-se o mais promissor para evitar o problema da semente verde. A expectativa é reduzir de treze para seis anos o tempo de espera para se obter uma nova cultivar de soja que não apresente o problema da semente verde. Esse fenômeno é causado pela retenção de clorofila na semente e no grão em função de variações climáticas nas lavouras, como a ocorrência de temperaturas extremas e a falta de chuva no período de desenvolvimento da semente de soja.

Além disso, há fatores genéticos. O problema da semente verde causa 10% de perda na produção de soja por ano. Isso representa 36 milhões de toneladas perdidas do grão e US$ 12 bilhões de prejuízo econômico anualmente. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Organização Holandesa para a Pesquisa Científica (NWO) mantêm um acordo de cooperação científica desde 2012. Ele teve sua renovação no início de novembro de 2022 por mais cinco anos. O objetivo da parceria é estimular a colaboração em pesquisa de longo prazo entre o Brasil e os Países Baixos. Isto é feito por meio do financiamento de pesquisas conjuntas com o intuito de fortalecer a posição internacional em ciência dos países e o impacto global dos resultados. Fonte: Fapesp. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.