13/Dez/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (12/12). O mercado passou por correção após ter acumulado ganho de mais de 3% na semana passada. Chuvas durante o fim de semana em áreas de cultivo da Argentina também pesaram sobre os contratos. Segundo a consultoria Granar, as precipitações aliviaram parcialmente o déficit hídrico prolongado que vem atrasando o plantio no país. A meteorologia observou, porém, que o tempo na Argentina será predominantemente seco nesta semana, apesar das temperaturas mais amenas.

Os negócios também foram influenciados pelo clima favorável no Brasil. A previsão é de chuvas em áreas centrais e do Norte do País nesta semana. O vencimento janeiro da oleaginosa recuou 23,25 cents (1,57%), e fechou a US$ 14,60 por bushel. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, foi outro fator baixista para os preços. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar 1,737 milhão de toneladas em dezembro, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

A AgRural informou que o plantio da safra brasileira de soja 2022/2023 atingiu 95% da área estimada para o País até o dia 8 de dezembro, em comparação com 91% uma semana antes e 96% no ano passado. A má distribuição das chuvas continua no radar dos produtores, ainda que não haja registros de perdas importantes até o momento. Dados de exportação dos Estados Unidos também pesaram sobre as cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 1,84 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 8 de dezembro, queda de 11,55% ante a semana anterior.