12/Dez/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade na sexta-feira (09/12), após o relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O USDA aumentou sua projeção para estoques mundiais de soja ao fim de 2022/2023 de 102,17 milhões de toneladas para 102,71 milhões de toneladas. O vencimento janeiro da oleaginosa cedeu 2,50 cents (0,17%), e fechou a US$ 14,83 por bushel. Na semana passada, os preços acumularam alta de 3,15%.

Por outro lado, o USDA manteve sua estimativa para as reservas domésticas de soja ao fim de 2022/2023 em 5,99 milhões de toneladas. De modo geral, nada muito surpreendente nos números. O USDA optou por não alterar as estimativas de produção na América do Sul, apesar de um início de safra complicado na Argentina. O mercado foi pressionado em parte pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras.

O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O desempenho do óleo de soja, que recuou cerca de 2%, também pesou sobre os contratos. O derivado, por sua vez, foi influenciado pela queda do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.